FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIENCIAS – Educação a Distância
CURSO DE GRADUAÇÃO – LETRAS: PORTUGUES/INGLES
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE ESCREVER NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA 1
RIBEIRO, Lucélia Vieira de Britto2
“Escrever não é um dom nem um privilégio inato de gênios, mas um trabalho aturado e orgânico, um trabalho que envolve o fazer e o refazer”.
Olívia Figueiredo
SUMÁRIO
1- Apresentação.................................................................................................
2- Identificação do Caso.....................................................................................
3- Justificativa......................................................................................................
4- Questões Norteadoras.......................................................................................
5- Fundamentação Teórica....................................................................................
4.1 A importância da leitura/escritura na Produção Textual..............................
4.2. O texto como instrumento de intermediação entre leitor e escritor..........................
6- Considerações finais..........................................................................................
7- Referências Bibliográficas................................................................................
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE ESCREVER NO ENSINO LÍNGUA PORTUGUESA
Lucélia Vieira de Britto Ribeiro
APRESENTAÇÃO
Partindo da experiência obtida durante a execução das atividades realizadas para cumprimento das exigências para realização do Estágio Supervisionado do Curso de Letras da Faculdade de Tecnologia e Ciências, na disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica IV, e objetivando ressaltar a importância do ato de escrever no ensino da língua portuguesa, levando-se em consideração que a modalidade escrita é de fundamental importância no exercício profissional e pessoal das pessoas, já que na atualidade exige-se do profissional de Língua Portuguesa desenvolver a capacidade no aluno de passar para o papel seu trabalho a partir da modalidade escrita de forma clara. Contudo, entendo que para isso é necessário muita leitura e os conhecimentos necessários das possibilidades da língua, pois qualquer texto seja ele narrativo, prosaico, dissertativo, entre outros, se torna original, no sentido de quem fizer sua leitura, conseguir alcançar os pensamentos de quem o escreveu.
Diante disso é necessário salientar que trabalhar as dificuldades da escrita faz-se necessário um planejamento e uma tomada de decisões acerca da finalidade e do conteúdo, motivo pelo qual será necessária seleção de informações coerentes com o real objetivo do ensinar à escrita.
Assim concebida, a escrita é um processo complexo que exige do aluno, anos de esforços escolares para uma efetiva aprendizagem e que não culmina com simples automatismos. A escrita não é apenas a leitura, mas envolve habilidades diferentes e relativamente independentes, é algo mais, com habilidades específicas que é necessário treinar e ensinar.
1.0 - IDENTIFICAÇÃO DO CASO
As etapas que antecedem à prática de ensino docente são basicamente as observações, preparação de projeto pedagógico, bem com a análise documental dos planos de ensino da escola sugerida para campo de estágio. Anteriormente, ao período de observação da prática docente, foi realizada uma visita à escola para a realização da análise dos planos de curso, de unidade e de aula da disciplina Língua Portuguesa.
No período que antecedeu a observação da prática docente, nos foi relatado pela direção da Instituição Escolar, que ainda não existiam os planos de curso da disciplina Língua Portuguesa, devidamente elaborados, ausência esta justificada, devido o período grevista que as escolas estaduais passaram o que impossibilitou a conclusão de algumas atividades que estavam em andamento, a saber: o Projeto Político Pedagógico da Escola, bem como a confecção dos planos de cursos anuais das disciplinas pertencentes ao ensino médio.
Contudo, a diretora da Instituição relatou que os docentes da Escola Estadual Misael Aguilar Silva estão comprometidos em fazer com que seus alunos desenvolvam suas competências e habilidades, preparando-os para uma vida profissional qualificada e que atenda aos anseios da sociedade da qual fazem parte.
Nessa fase da observação, tornou-se evidente a concepção de que os professores de hoje desempenham vários papeis, todos eles de grande importância para o desenvolvimento das futuras gerações, e assim devem encarar com seriedade sua profissão, levando seus alunos a terem esclarecimentos e refletirem sobre a realidade em que vivem.
Na fase de observação, foi claramente exposto para minhas anotações que a docente em observação, procurou dentro das suas possibilidades de professora de Língua Portuguesa, realizar um trabalho de qualidade para desenvolvimento nos seus alunos no que se refere à Produção Textual.
Diante disso, enfatizo que em pleno século XXI, ser aluno do Ensino médio é primordial que a Escola leve os a uma preparação de vida, procurando tomar a verdadeira consciência a cerca da real realidade social em que vivemos, compreendendo amplamente essa realidade como etapa crucial para realizar suas funções, educativa e social. Queremos afirmar nesse ínterim, que se trata de transformar a escola em um espaço que contribua no desenvolvimento de atividades, permitindo aos alunos desenvolverem competências e habilidades necessárias para que eles possam enfrentar o que vem a sua frente.
De maneira geral, a Escola deve propiciar condições para que seus alunos possam desenvolver suas competências e aprendendo valores que lhes permitam viver em melhores condições e assim adquirirem ferramentas necessárias que eles possam apropriar-se dos conhecimentos socialmente construídos, criando atividades ligadas a aspectos significativos da realidade, desenvolvendo habilidades intelectuais, analise, avaliação e cooperação na busca de soluções para problemas comuns.
Entre as competências cruciais que a escola deveria ajudar os jovens, é no sentido de compreensão do caráter do conhecimento, sabendo assim diferenciar opiniões, evidências, analises e organizações de informações, entre tantas outras. Essas atividades vão permitir aos alunos, desenvolver competências comunicativas, formando alunos leitores e habituais de todos os tipos de textos, preparando-os para interação com a vasta tecnologia, sem desmerecer a importância dessa leitura para a construção de textos através da escrita.
Pensar o ensino de Língua Portuguesa no ensino médio significa dirigir a atenção não só para a literatura ou para a gramática, mas também para a produção de textos e a oralidade.
A exploração da literatura, da gramática, da produção de textos e da oralidade pressupõe o desenvolvimento de competências e habilidades distintas, ligadas à leitura, aos conhecimentos lingüísticos, à escrita e à fala.
Quando se pensa no trabalho com textos, outro conceito indissociável diz respeito aos gêneros em que eles se materializam, tomando-se como pilares seus aspectos temáticos, de composição e estilístico.
No entanto, sabe-se que para muitos alunos, o ato de escrever não é uma tarefa agradável, pois a pouca ou total ausência da escrita foi umas das deficiências deixadas pelo ensino fundamental, daí a grande dificuldade dos alunos inseridos no ensino médio terem com a escrita, bem como com a valorização da leitura, assim como, esses alunos não conseguem quando solicitados utilizar os recursos gramaticais ensinados e necessários para a boa realização de uma produção textual.
2.0 – JUSTIFICATIVA
Na escola uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos alunos, relacionada ao ato de escrever, refere-se à necessidade que eles têm de utilizar a linguagem mais formal e mais cuidadosa, já que pelo hábito da fala, teimam em usar apenas a linguagem coloquial. Essa fala por ser mais espontânea torna-se mais fácil de fazer sua escritura, e o fato preponderante da escrita ter suas normas próprias no uso da ortografia, pontuação, acentuação, concordâncias, e a ausência muitas vezes do interlocutor a sua frente exige deles que obedeçam a essas normas.
Outro fator bastante intrigante no uso da escrita, é o que eles falam, da falta de inspiração para realizar a escrita. Uma grande referência para isso é o que o escritor Othom Moacir Garcia, no seu livro intitulado Comunicação em Prosa Moderna, assegura: “aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a encontrar idéias e concatena-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprisionou.” Sabemos que por mais que o uso das normas gramaticais seja anulado por vezes, é uma ilusão pensar em não usa-las. Evidentemente, um aluno necessita de no mínimo ter conhecimento das regras gramaticais para realizar o ato de escrever, pois ele necessitará de no mínimo adquirir certos hábitos de contextualização estrutural para formatar o seu texto com clareza e objetividade.
É preciso ter claro que a escrita é um código nascido da linguagem oral, e essa relação sonora, vem trazer subsídios para que o aluno ou outros realizem seus escritos, colocando ai a objetividade e a clareza dentro das normas mínimas gramaticais conhecidas.
3.0 - QUESTÕES NORTEADORAS
O escritor Agostinho Dias Carneiro, no seu livro Redação em Construção, diz:
”Todos, escritores, ou não, são unânimes em apontar as dificuldades da tarefa de escrever. Muitos consideram um aprendizado demorado, dispendioso e pouco eficiente, já que são poucos que chegam a redigir textos de forma adequada. Outros afirmam que escrever é lutar inutilmente contra as palavras, pois parecem nunca atingir plenamente os objetos pretendidos. Além do mais no nosso cotidiano, a língua falada parece ocupar um espaço de maior prestígio -jornais falados, mensagens gravadas em fitas, telefonemas, etc. substituem tradicionais meios de comunicação que utilizam a língua escrita. Diante desse cenário cabe a pergunta- Ainda vale a pena aprender a escrever? A escola pode acreditar que sim, já que ainda prioriza a escrita...Mas de onde vem essa importância? Por que, apesar das dificuldades, alguns ainda acham que devem continuar a defender seu ensino?”
Então perguntamos Para que ensinar a escrever? Como escrever com facilidade, Será que o medo de escrever acaba por inibir as pessoas alfabetizadas em demonstrar seus pensamentos? Escrever é um ato de pensamentos e que devem ser colocados num papel e que em nenhum momento a escrita deve ser descartada como inecessária na vida do ser humano, assim com ao língua oral, pois dela depende a execução da escrita.
4.0 – FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1- A IMPORTANCIA DA LEITURA E ESCRITA NA PRODUÇÃO TEXTUAL
Estudos têm mostrado que a relação leitura/escrita varia com o desenvolvimento do nível da leitura, ou seja, aprende-se a escrever a partir do que se lê. Esse desempenho na leitura está intrinsecamente ligado à sensibilidade do imaginário do leitor e escritor para a realização da escritura de seus textos, e essa sensibilidade vem favorecer a estrutura do texto com o facilitador para a devida organização do material lida e assim consequentemente a organização dos textos escritos.
Para Calckins (1989, p.190), “quando os estudantes estão profundamente absorvidos nos temas de suas matérias, a instrução formal pode levá-los a novos níveis de compreensão e as intervenções feitas pelo professor podem fazer com que experimentem, testem e aprendam”. Isto quer dizer que o professor de Língua Portuguesa deve levar em conta a interação entre alunos e professores e que essa interação seja dada, respeitando-se as atribuições de cada parte, e que esse professor deve pensar cuidadosamente os tipos de trabalhos textuais que atendam as necessidades dos seus alunos, não devendo jamais relegar o aluno ao segundo plano, pois é necessário considerar o nível de aprendizagem de cada um de uma maneira geral como um processo de transmissão de conhecimentos em construção e/ou construídos.
Em sua grande maioria, quando se trabalha a produção escrita, é enfatizada como uma atividade à parte da leitura, pois o professor muitas vezes, apenas dá um titulo ou tema ao aluno e ordena que este redija seu texto, sem uma preparação prévia em termos de leitura e de produção textual. E o pior que isso pode acontecer, em alguns momentos, nessa redação como uma saída para o professor “passar” o tempo, quando este não se encontra com disposição, por diferentes motivos, a ministrar sua aula dentro de uma coerência e devido planejamento.
Isso denota que as produções escritas para serem trabalhadas em sala de aula são realizadas apenas para cumprir exigências do professor. Com isso, o aluno vai se sentir desmotivado a escrever ou esquecer que tem um estilo próprio, já que sua intenção em atender ao exigido pelo professor, é só contentar seu único leitor, o seu professor, e consequentemente conseguir uma boa nota. E o professor espera que seus alunos produzam um texto da maneira que ele quer, e acima de tudo, a pura valorização gramatical.
É preciso modificar esse agravante nas escolas, onde o professor deve repensar e realizar reflexões acerca da maneira como ensina e faz os seus alunos produzirem a leitura e produções de textos, desenvolvendo de maneira interagida e estimulando-os a serem efetivos co-participantes nesse processo, realizando leituras de textos que seja de seu agrado e tirando proveito, não só para atender as exigências nas produções do professor, mas também para estarem realmente preparados para produzirem adequadamente qualquer tipo de texto em qualquer situação com a qual se deparem na vida.
É imprescindível para que haja uma situação aprazível para o trabalho da escrita na produção de textos, que o professor mostre aos alunos os objetivos da produção e as estratégias necessárias para sua construção, sabendo diferenciar as tipologias textuais através dos tipos de linguagens a serem utilizadas nas produções, e com isso a utilização de estratégias diferentes, assim sendo se for necessário, a depender da produção a utilização de uma linguagem mais informal ou a utilização de uma linguagem mais cuidadosa a depender da situação evidenciada .
Assim sendo se em outras situações os alunos necessitarem de produzirem textos persuasivos, eles vão sentir a necessidade do uso de estratégias diferenciadas, por exemplo, para a criação de um texto publicitário destinado a um publico jovem, adolescente, e outro destinado a um publico adultos. Além da importância do nível de linguagem a ser utilizada, esses textos também vão exigir recursos visuais diferentes.
Esses exemplos mostram que executando seu trabalho dessa maneira, os professores estarão efetivamente colaborando para o desenvolvimento e estruturação comunicativa de seus alunos, tornandos-os aptos a usarem melhor a língua, não apenas como aperfeiçoamento de estrutura, mas, sobretudo como a obtenção do sucesso na adequação verbal aos atos comunicativos inseridos na produção textual.
Perante essa idéia, devemos refletir melhor sobre a relação leitor/escritor estabelecidas entre professor e aluno. O aluno não deve ver o professor com o seu único leitor, e permanecer apenas como escritor. Os textos a serem produzidos devem ser desenvolvidos para serem lidos por destinatários diversificados, levando-se em conta que existem as variações de leitores, ocorre também à variação da situação a ser comunicada no texto. E é necessário que o aluno seja um leitor critico do seu próprio texto e dos seus colegas, efetivando-se a co-participação e que ler e escrever se constitua em duas faces de um mesmo processo cognitivo.
O que temos que entender é que a leitura é a base para uma boa escrita e que não se deve ler apenas para escrever algo, mas para consolidar um enriquecimento cultural. Devem-se ler pelo prazer de dialogar com outros que já leram. O escritor precisa efetivar a leitura para absorver o que foi lido e o escritor precisa ler para seu enriquecimento cultural. Um bom escritor é sempre um bom leitor.
É notório perceber que a efetiva pratica da leitura, a produção da escrita fica mais contextualizada e relevante para quem escreve e para quem vai ler. E que escrever não é apenas importante para intelectuais, jornalistas, escritores, jornalistas, advogados ou professores de Língua Portuguesa.
Dessa forma, é de suma importância que exista uma reflexão antes do ato de escrever, e que o melhor estímulo para essa reflexão é a leitura, é ler o que outras pessoas já escreveram a respeito do que leram de outros e assim sucessivamente, pois a escrita está interligada a outras escritas, ou seja, a leitura é dialogo direto e indireto com outras leituras, pois temos que ter conhecimento que uma das funções da leitura é nos preparar para uma transformação social com caráter universal, e o poder intrigante da leitura é que nos tornarão bons escritores.
Enfim no Ensino da Língua Portuguesa, ao se tratar de produção de textos devemos automaticamente pensar no poder efetivo da leitura, bem como nos diversos tipos de textos a serem produzidos pelos alunos.
Para encerrar essa importância e apropriação das palavras para a escritura, mostremos as sábias palavras de Rubens Alves: Bom seria que o professor dissesse aos seus alunos – Leiam esse livro. Ruminem. Depois de ruminar, escrevam os pensamentos que vocês pensaram, provocados pelos pensamentos do autor. Os pensamentos dos outros não substituem os seus próprios pensamentos. Somente os seus pensamentos estão vivos em você. Um livro não é para poupar-lhe o trabalho de pensar. “É para provocar seu pensamento.”
2.1 – O TEXTO: INSTRUMENTO DE INTERMEDIAÇÃO ENTRE LEITOR E ESCRITOR
Enfatizada a importância da leitura e escrita para a execução da produção textual, evidenciaremos um pouco a importância do texto, utilizado na intermediação entre leitor e escritor.
De acordo com Koch, (1989,p.14), o texto é a unidade básica de manifestação da linguagem”, “é muito mais que a simples soma das frases(e palavras) que o compõem: a diferença entre frase e texto não é meramente de ordem quantitativa, mas de ordem qualitativa.
Vendo por essa perspectiva, o texto é um objeto a ser investigado na lingüística textual, já que os seres humanos necessitam deles para realizar a sua comunicação e que nesse meio existe uma série de fatores lingüísticos que apresentam sua explicação dentro do próprio texto.
E necessário, pois que na produção do texto ele atenda a algumas exigências, pois sem elas, não acontecera um texto, mas sim jogo de palavras e frases sem coerência.
Existem inúmeros fatores que determinam a intermediação do leitor para a realização do seu texto, a saber: a coerência, elementos lingüísticos, conhecimento de mundo, fatores de contextualização, entre tantos outros fatores primordiais para o ato de em escritura compreensível e objetiva.
Segundo escritores, como Koch e Travaglia, a coerência se refere “a possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto”. É ela que vai realizar a interligação para os usuários do seu sentido, e deve ser entendida com o momento da interpretação nas situações comunicativas. E nesse ínterim, dentro de um texto essa interpretação pode ser considerada por um leitor numa determinada situação, e em outras pode não ser considerada por outros leitores, daí a importância da interpretação textual.
Outro fato que deve ser relevante é que num texto os elementos lingüísticos são de grande importância, pois vão permitir a ativação dos conhecimentos guardados na memória do leitor, que estarão sendo transferidos para formatação do seu texto. O contexto lingüístico vai contribuir pra que seja utilizada a coerência
Para que haja a coerência, a colocação dos elementos lingüísticos, o leitor deve ter no mínimo conhecimento do mundo para poder calcular os sentidos mais apropriados para o texto a ser feito, assim com o professor deve partilhar desse conhecimento, e assim poder colocar a atividade em coerência com o mundo dos seus alunos. Esses conhecimentos são as vivencias adquiridas com o contato do mundo que nos cerca, com nossas experiências, que são arquivadas na memória e agrupadas, isso se deve ao poder cognitivo do leitor.
Enfim, o aluno precisa ter conhecimento, passado pelo seu professor da importância dada aos fatores necessários para a construção de seu texto, então é necessário que o professor quando realizar trabalhos com textosa serem produzidos pelos seus alunos, dêem o máximo de informações possíveis sobre eles, não apenas nome de autor e titulo como normalmente se vê.
Entendemos que a partir dessas informações, o leitor que estará realizando a escritura terá mais subsídios para dar coerência, clareza, objetividade e precisão em suas idéias.
Devem os professores atentar para o uso da norma culta, importante salientar que a escola precisa ensiná-las, não como sendo a única possibilidade de uso ou a única que está certa. São necessários que sejam realizados vários registros como objetos de estudos em sala de aula, colaborando para que o aluno saiba utiliza-los adequadamente, oralmente ou por escrito nas mais diversas situações apresentadas, e ai vai ocorrer o desenvolvimento das habilidades e competências do aluno no ato de escrever.
A nosso ver a produção textual é uma atividade verbal, a serviço de fins sociais, e, portanto inserida em contextos mais complexos de atividades; trata-se de uma atividade consciente, criativa, que compreende o desenvolvimento de estratégias concretas de ação e a escolha de meios adequados amplamente divulgados na sua estruturação e que depende a escrita, que o teior tenha um convívio com a linguagem oral, para assim produzir os seus textos.
3. 0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar a disciplina Estágio Supervisionado é pensar e realizar reflexões na nossa formação inicial de professor em língua portuguesa, uma vez que entendemos ser esta uma porta aberta para nosso primeiro contato profissional.
Entendemos também que o Estágio supervisionado é um facilitador para as inúmeras articulações entre teoria e prática e que só ali naquele momento se dará à consolidação de nossa aprendizagem enquanto profissionais na área de Língua Portuguesa..
É importante salientar que ser professora de Língua Portuguesa é buscar sempre inovações. Deve-se ler realizar comentários e correção dos textos produzidos pelos alunos e também das suas próprias dificuldades em atingir nossos objetivos perante o plano de aula. Deste profissional depende uma grande quantidade de atividades para correção, sendo necessário também à escolha de uma seleção de critérios para correção dos textos, que podem ser usados somente pelo professor, ou também, pelos alunos. Nessa etapa, a escrita é bastante importante, já que é um processo de grande complexibilidade para os alunos, e que é necessário uma grande interação entre professor e aluno para o desenvolvimento das atividades dentro de sala de aula.
Ao colocarmos o ler e o escrever como desafios da Língua portuguesa, devemos ter em mente que formar esse leitor é também buscar compreender e conhecer o modo cultural e oral de nossa cultura, e essa compreensão trará para a nossas vivencias um facilitador para essa interligação do leitor com o fator escrita, e que o professor no momento de seu planejamento deve nortear ações especificas na dimensão física, quanto social, no interior das escola e em específico no ambiente da sala de aula, e que ai seja constituído um espaço de culturas capazes de instigar, sugerir, convocar certos conhecimentos, atitudes , valores, desejos e reflexões tanto por parte do professor com do alunado.
Quando desejarmos formar leitores dentro das diversas naturezas da língua escrita e visual, a escola na sua totalidade deve envolver procedimentos de fundamental importância e atribuídos em momentos do que antecede a escrita e o que coincide com o ato de escrever propriamente dito.
É necessário frisar que todos os profissionais de outras disciplinas têm a responsabilidade de trazer o aluno para as descobertas de suas habilidades e competências, esquecendo eles que todos são responsáveis por esta busca de conhecimento e fazer com que o aluno se descubra e expanda seus saberes. Mas, infelizmente, no último momento, todos crêem que somente o profissional da área de Língua Portuguesa é quem deve assumir as queixas e os problemas trazidos pela escrita nas produções textuais e em outras atividades correlacionadas.
Logo, tanto quanto seus alunos, é preciso que o professor se torne sujeito do mundo da leitura e da escrita, que proceda registros de acompanhamento de seu grupo, e que busque trabalhar com textos que componham a pluralidade cultural de praticas sociais de leitura e que sempre haja a preocupação coma preservação da memória dos grupos com o qual interage em suas ações e que acima de tudo seja leitor e autor de sua pratica pedagógica.
4. 0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PRESTES, Maria Luci Mesquita. Leitura e(Re)escritura de textos:subsídios teóricos e práticos para o seu ensino. 4ª edição. Catanduva, SP; Editora Respel, 2001.
2.0 ___________________________. A Pesquisa e a Construção do Conhecimento. 3ª ed..São Paulo; Respel, 2005.
3. KOCH, I. V. A Inter-Ação pela Linguagem. 5ª edição. São Paulo: Contexto, 1998.
4. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Práticas de Leitura e Escrita. Maria Angélica Freire de Carvalho, Rosa Helena Mendonça (orgs). Brasília, 2006.
4. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e Coerência. São Paulo: Cortez, 1989.
6. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/linguagens02.pdf. PCN – Ensino Médio – Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
7. http://www.centrorefeducacional.com.br Acesso em 01/04/2008. Texto: Aluno – Ensino Médio: O que significa ser aluno do ensino Médio neste inicio de Século XXI;
8.http://www.centrorefeducacional.com.br Acesso em 01/04/2008. Texto: competências e Habilidades: qual a diferença.
9. http://www.cintiabarreto.com.br Acesso em 01/04/2008. A Importância do Atos de Escrever no Ensino da língua Portuguesa.
CURSO DE GRADUAÇÃO – LETRAS: PORTUGUES/INGLES
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE ESCREVER NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA 1
RIBEIRO, Lucélia Vieira de Britto2
“Escrever não é um dom nem um privilégio inato de gênios, mas um trabalho aturado e orgânico, um trabalho que envolve o fazer e o refazer”.
Olívia Figueiredo
SUMÁRIO
1- Apresentação.................................................................................................
2- Identificação do Caso.....................................................................................
3- Justificativa......................................................................................................
4- Questões Norteadoras.......................................................................................
5- Fundamentação Teórica....................................................................................
4.1 A importância da leitura/escritura na Produção Textual..............................
4.2. O texto como instrumento de intermediação entre leitor e escritor..........................
6- Considerações finais..........................................................................................
7- Referências Bibliográficas................................................................................
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE ESCREVER NO ENSINO LÍNGUA PORTUGUESA
Lucélia Vieira de Britto Ribeiro
APRESENTAÇÃO
Partindo da experiência obtida durante a execução das atividades realizadas para cumprimento das exigências para realização do Estágio Supervisionado do Curso de Letras da Faculdade de Tecnologia e Ciências, na disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica IV, e objetivando ressaltar a importância do ato de escrever no ensino da língua portuguesa, levando-se em consideração que a modalidade escrita é de fundamental importância no exercício profissional e pessoal das pessoas, já que na atualidade exige-se do profissional de Língua Portuguesa desenvolver a capacidade no aluno de passar para o papel seu trabalho a partir da modalidade escrita de forma clara. Contudo, entendo que para isso é necessário muita leitura e os conhecimentos necessários das possibilidades da língua, pois qualquer texto seja ele narrativo, prosaico, dissertativo, entre outros, se torna original, no sentido de quem fizer sua leitura, conseguir alcançar os pensamentos de quem o escreveu.
Diante disso é necessário salientar que trabalhar as dificuldades da escrita faz-se necessário um planejamento e uma tomada de decisões acerca da finalidade e do conteúdo, motivo pelo qual será necessária seleção de informações coerentes com o real objetivo do ensinar à escrita.
Assim concebida, a escrita é um processo complexo que exige do aluno, anos de esforços escolares para uma efetiva aprendizagem e que não culmina com simples automatismos. A escrita não é apenas a leitura, mas envolve habilidades diferentes e relativamente independentes, é algo mais, com habilidades específicas que é necessário treinar e ensinar.
1.0 - IDENTIFICAÇÃO DO CASO
As etapas que antecedem à prática de ensino docente são basicamente as observações, preparação de projeto pedagógico, bem com a análise documental dos planos de ensino da escola sugerida para campo de estágio. Anteriormente, ao período de observação da prática docente, foi realizada uma visita à escola para a realização da análise dos planos de curso, de unidade e de aula da disciplina Língua Portuguesa.
No período que antecedeu a observação da prática docente, nos foi relatado pela direção da Instituição Escolar, que ainda não existiam os planos de curso da disciplina Língua Portuguesa, devidamente elaborados, ausência esta justificada, devido o período grevista que as escolas estaduais passaram o que impossibilitou a conclusão de algumas atividades que estavam em andamento, a saber: o Projeto Político Pedagógico da Escola, bem como a confecção dos planos de cursos anuais das disciplinas pertencentes ao ensino médio.
Contudo, a diretora da Instituição relatou que os docentes da Escola Estadual Misael Aguilar Silva estão comprometidos em fazer com que seus alunos desenvolvam suas competências e habilidades, preparando-os para uma vida profissional qualificada e que atenda aos anseios da sociedade da qual fazem parte.
Nessa fase da observação, tornou-se evidente a concepção de que os professores de hoje desempenham vários papeis, todos eles de grande importância para o desenvolvimento das futuras gerações, e assim devem encarar com seriedade sua profissão, levando seus alunos a terem esclarecimentos e refletirem sobre a realidade em que vivem.
Na fase de observação, foi claramente exposto para minhas anotações que a docente em observação, procurou dentro das suas possibilidades de professora de Língua Portuguesa, realizar um trabalho de qualidade para desenvolvimento nos seus alunos no que se refere à Produção Textual.
Diante disso, enfatizo que em pleno século XXI, ser aluno do Ensino médio é primordial que a Escola leve os a uma preparação de vida, procurando tomar a verdadeira consciência a cerca da real realidade social em que vivemos, compreendendo amplamente essa realidade como etapa crucial para realizar suas funções, educativa e social. Queremos afirmar nesse ínterim, que se trata de transformar a escola em um espaço que contribua no desenvolvimento de atividades, permitindo aos alunos desenvolverem competências e habilidades necessárias para que eles possam enfrentar o que vem a sua frente.
De maneira geral, a Escola deve propiciar condições para que seus alunos possam desenvolver suas competências e aprendendo valores que lhes permitam viver em melhores condições e assim adquirirem ferramentas necessárias que eles possam apropriar-se dos conhecimentos socialmente construídos, criando atividades ligadas a aspectos significativos da realidade, desenvolvendo habilidades intelectuais, analise, avaliação e cooperação na busca de soluções para problemas comuns.
Entre as competências cruciais que a escola deveria ajudar os jovens, é no sentido de compreensão do caráter do conhecimento, sabendo assim diferenciar opiniões, evidências, analises e organizações de informações, entre tantas outras. Essas atividades vão permitir aos alunos, desenvolver competências comunicativas, formando alunos leitores e habituais de todos os tipos de textos, preparando-os para interação com a vasta tecnologia, sem desmerecer a importância dessa leitura para a construção de textos através da escrita.
Pensar o ensino de Língua Portuguesa no ensino médio significa dirigir a atenção não só para a literatura ou para a gramática, mas também para a produção de textos e a oralidade.
A exploração da literatura, da gramática, da produção de textos e da oralidade pressupõe o desenvolvimento de competências e habilidades distintas, ligadas à leitura, aos conhecimentos lingüísticos, à escrita e à fala.
Quando se pensa no trabalho com textos, outro conceito indissociável diz respeito aos gêneros em que eles se materializam, tomando-se como pilares seus aspectos temáticos, de composição e estilístico.
No entanto, sabe-se que para muitos alunos, o ato de escrever não é uma tarefa agradável, pois a pouca ou total ausência da escrita foi umas das deficiências deixadas pelo ensino fundamental, daí a grande dificuldade dos alunos inseridos no ensino médio terem com a escrita, bem como com a valorização da leitura, assim como, esses alunos não conseguem quando solicitados utilizar os recursos gramaticais ensinados e necessários para a boa realização de uma produção textual.
2.0 – JUSTIFICATIVA
Na escola uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos alunos, relacionada ao ato de escrever, refere-se à necessidade que eles têm de utilizar a linguagem mais formal e mais cuidadosa, já que pelo hábito da fala, teimam em usar apenas a linguagem coloquial. Essa fala por ser mais espontânea torna-se mais fácil de fazer sua escritura, e o fato preponderante da escrita ter suas normas próprias no uso da ortografia, pontuação, acentuação, concordâncias, e a ausência muitas vezes do interlocutor a sua frente exige deles que obedeçam a essas normas.
Outro fator bastante intrigante no uso da escrita, é o que eles falam, da falta de inspiração para realizar a escrita. Uma grande referência para isso é o que o escritor Othom Moacir Garcia, no seu livro intitulado Comunicação em Prosa Moderna, assegura: “aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a encontrar idéias e concatena-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprisionou.” Sabemos que por mais que o uso das normas gramaticais seja anulado por vezes, é uma ilusão pensar em não usa-las. Evidentemente, um aluno necessita de no mínimo ter conhecimento das regras gramaticais para realizar o ato de escrever, pois ele necessitará de no mínimo adquirir certos hábitos de contextualização estrutural para formatar o seu texto com clareza e objetividade.
É preciso ter claro que a escrita é um código nascido da linguagem oral, e essa relação sonora, vem trazer subsídios para que o aluno ou outros realizem seus escritos, colocando ai a objetividade e a clareza dentro das normas mínimas gramaticais conhecidas.
3.0 - QUESTÕES NORTEADORAS
O escritor Agostinho Dias Carneiro, no seu livro Redação em Construção, diz:
”Todos, escritores, ou não, são unânimes em apontar as dificuldades da tarefa de escrever. Muitos consideram um aprendizado demorado, dispendioso e pouco eficiente, já que são poucos que chegam a redigir textos de forma adequada. Outros afirmam que escrever é lutar inutilmente contra as palavras, pois parecem nunca atingir plenamente os objetos pretendidos. Além do mais no nosso cotidiano, a língua falada parece ocupar um espaço de maior prestígio -jornais falados, mensagens gravadas em fitas, telefonemas, etc. substituem tradicionais meios de comunicação que utilizam a língua escrita. Diante desse cenário cabe a pergunta- Ainda vale a pena aprender a escrever? A escola pode acreditar que sim, já que ainda prioriza a escrita...Mas de onde vem essa importância? Por que, apesar das dificuldades, alguns ainda acham que devem continuar a defender seu ensino?”
Então perguntamos Para que ensinar a escrever? Como escrever com facilidade, Será que o medo de escrever acaba por inibir as pessoas alfabetizadas em demonstrar seus pensamentos? Escrever é um ato de pensamentos e que devem ser colocados num papel e que em nenhum momento a escrita deve ser descartada como inecessária na vida do ser humano, assim com ao língua oral, pois dela depende a execução da escrita.
4.0 – FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1- A IMPORTANCIA DA LEITURA E ESCRITA NA PRODUÇÃO TEXTUAL
Estudos têm mostrado que a relação leitura/escrita varia com o desenvolvimento do nível da leitura, ou seja, aprende-se a escrever a partir do que se lê. Esse desempenho na leitura está intrinsecamente ligado à sensibilidade do imaginário do leitor e escritor para a realização da escritura de seus textos, e essa sensibilidade vem favorecer a estrutura do texto com o facilitador para a devida organização do material lida e assim consequentemente a organização dos textos escritos.
Para Calckins (1989, p.190), “quando os estudantes estão profundamente absorvidos nos temas de suas matérias, a instrução formal pode levá-los a novos níveis de compreensão e as intervenções feitas pelo professor podem fazer com que experimentem, testem e aprendam”. Isto quer dizer que o professor de Língua Portuguesa deve levar em conta a interação entre alunos e professores e que essa interação seja dada, respeitando-se as atribuições de cada parte, e que esse professor deve pensar cuidadosamente os tipos de trabalhos textuais que atendam as necessidades dos seus alunos, não devendo jamais relegar o aluno ao segundo plano, pois é necessário considerar o nível de aprendizagem de cada um de uma maneira geral como um processo de transmissão de conhecimentos em construção e/ou construídos.
Em sua grande maioria, quando se trabalha a produção escrita, é enfatizada como uma atividade à parte da leitura, pois o professor muitas vezes, apenas dá um titulo ou tema ao aluno e ordena que este redija seu texto, sem uma preparação prévia em termos de leitura e de produção textual. E o pior que isso pode acontecer, em alguns momentos, nessa redação como uma saída para o professor “passar” o tempo, quando este não se encontra com disposição, por diferentes motivos, a ministrar sua aula dentro de uma coerência e devido planejamento.
Isso denota que as produções escritas para serem trabalhadas em sala de aula são realizadas apenas para cumprir exigências do professor. Com isso, o aluno vai se sentir desmotivado a escrever ou esquecer que tem um estilo próprio, já que sua intenção em atender ao exigido pelo professor, é só contentar seu único leitor, o seu professor, e consequentemente conseguir uma boa nota. E o professor espera que seus alunos produzam um texto da maneira que ele quer, e acima de tudo, a pura valorização gramatical.
É preciso modificar esse agravante nas escolas, onde o professor deve repensar e realizar reflexões acerca da maneira como ensina e faz os seus alunos produzirem a leitura e produções de textos, desenvolvendo de maneira interagida e estimulando-os a serem efetivos co-participantes nesse processo, realizando leituras de textos que seja de seu agrado e tirando proveito, não só para atender as exigências nas produções do professor, mas também para estarem realmente preparados para produzirem adequadamente qualquer tipo de texto em qualquer situação com a qual se deparem na vida.
É imprescindível para que haja uma situação aprazível para o trabalho da escrita na produção de textos, que o professor mostre aos alunos os objetivos da produção e as estratégias necessárias para sua construção, sabendo diferenciar as tipologias textuais através dos tipos de linguagens a serem utilizadas nas produções, e com isso a utilização de estratégias diferentes, assim sendo se for necessário, a depender da produção a utilização de uma linguagem mais informal ou a utilização de uma linguagem mais cuidadosa a depender da situação evidenciada .
Assim sendo se em outras situações os alunos necessitarem de produzirem textos persuasivos, eles vão sentir a necessidade do uso de estratégias diferenciadas, por exemplo, para a criação de um texto publicitário destinado a um publico jovem, adolescente, e outro destinado a um publico adultos. Além da importância do nível de linguagem a ser utilizada, esses textos também vão exigir recursos visuais diferentes.
Esses exemplos mostram que executando seu trabalho dessa maneira, os professores estarão efetivamente colaborando para o desenvolvimento e estruturação comunicativa de seus alunos, tornandos-os aptos a usarem melhor a língua, não apenas como aperfeiçoamento de estrutura, mas, sobretudo como a obtenção do sucesso na adequação verbal aos atos comunicativos inseridos na produção textual.
Perante essa idéia, devemos refletir melhor sobre a relação leitor/escritor estabelecidas entre professor e aluno. O aluno não deve ver o professor com o seu único leitor, e permanecer apenas como escritor. Os textos a serem produzidos devem ser desenvolvidos para serem lidos por destinatários diversificados, levando-se em conta que existem as variações de leitores, ocorre também à variação da situação a ser comunicada no texto. E é necessário que o aluno seja um leitor critico do seu próprio texto e dos seus colegas, efetivando-se a co-participação e que ler e escrever se constitua em duas faces de um mesmo processo cognitivo.
O que temos que entender é que a leitura é a base para uma boa escrita e que não se deve ler apenas para escrever algo, mas para consolidar um enriquecimento cultural. Devem-se ler pelo prazer de dialogar com outros que já leram. O escritor precisa efetivar a leitura para absorver o que foi lido e o escritor precisa ler para seu enriquecimento cultural. Um bom escritor é sempre um bom leitor.
É notório perceber que a efetiva pratica da leitura, a produção da escrita fica mais contextualizada e relevante para quem escreve e para quem vai ler. E que escrever não é apenas importante para intelectuais, jornalistas, escritores, jornalistas, advogados ou professores de Língua Portuguesa.
Dessa forma, é de suma importância que exista uma reflexão antes do ato de escrever, e que o melhor estímulo para essa reflexão é a leitura, é ler o que outras pessoas já escreveram a respeito do que leram de outros e assim sucessivamente, pois a escrita está interligada a outras escritas, ou seja, a leitura é dialogo direto e indireto com outras leituras, pois temos que ter conhecimento que uma das funções da leitura é nos preparar para uma transformação social com caráter universal, e o poder intrigante da leitura é que nos tornarão bons escritores.
Enfim no Ensino da Língua Portuguesa, ao se tratar de produção de textos devemos automaticamente pensar no poder efetivo da leitura, bem como nos diversos tipos de textos a serem produzidos pelos alunos.
Para encerrar essa importância e apropriação das palavras para a escritura, mostremos as sábias palavras de Rubens Alves: Bom seria que o professor dissesse aos seus alunos – Leiam esse livro. Ruminem. Depois de ruminar, escrevam os pensamentos que vocês pensaram, provocados pelos pensamentos do autor. Os pensamentos dos outros não substituem os seus próprios pensamentos. Somente os seus pensamentos estão vivos em você. Um livro não é para poupar-lhe o trabalho de pensar. “É para provocar seu pensamento.”
2.1 – O TEXTO: INSTRUMENTO DE INTERMEDIAÇÃO ENTRE LEITOR E ESCRITOR
Enfatizada a importância da leitura e escrita para a execução da produção textual, evidenciaremos um pouco a importância do texto, utilizado na intermediação entre leitor e escritor.
De acordo com Koch, (1989,p.14), o texto é a unidade básica de manifestação da linguagem”, “é muito mais que a simples soma das frases(e palavras) que o compõem: a diferença entre frase e texto não é meramente de ordem quantitativa, mas de ordem qualitativa.
Vendo por essa perspectiva, o texto é um objeto a ser investigado na lingüística textual, já que os seres humanos necessitam deles para realizar a sua comunicação e que nesse meio existe uma série de fatores lingüísticos que apresentam sua explicação dentro do próprio texto.
E necessário, pois que na produção do texto ele atenda a algumas exigências, pois sem elas, não acontecera um texto, mas sim jogo de palavras e frases sem coerência.
Existem inúmeros fatores que determinam a intermediação do leitor para a realização do seu texto, a saber: a coerência, elementos lingüísticos, conhecimento de mundo, fatores de contextualização, entre tantos outros fatores primordiais para o ato de em escritura compreensível e objetiva.
Segundo escritores, como Koch e Travaglia, a coerência se refere “a possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto”. É ela que vai realizar a interligação para os usuários do seu sentido, e deve ser entendida com o momento da interpretação nas situações comunicativas. E nesse ínterim, dentro de um texto essa interpretação pode ser considerada por um leitor numa determinada situação, e em outras pode não ser considerada por outros leitores, daí a importância da interpretação textual.
Outro fato que deve ser relevante é que num texto os elementos lingüísticos são de grande importância, pois vão permitir a ativação dos conhecimentos guardados na memória do leitor, que estarão sendo transferidos para formatação do seu texto. O contexto lingüístico vai contribuir pra que seja utilizada a coerência
Para que haja a coerência, a colocação dos elementos lingüísticos, o leitor deve ter no mínimo conhecimento do mundo para poder calcular os sentidos mais apropriados para o texto a ser feito, assim com o professor deve partilhar desse conhecimento, e assim poder colocar a atividade em coerência com o mundo dos seus alunos. Esses conhecimentos são as vivencias adquiridas com o contato do mundo que nos cerca, com nossas experiências, que são arquivadas na memória e agrupadas, isso se deve ao poder cognitivo do leitor.
Enfim, o aluno precisa ter conhecimento, passado pelo seu professor da importância dada aos fatores necessários para a construção de seu texto, então é necessário que o professor quando realizar trabalhos com textosa serem produzidos pelos seus alunos, dêem o máximo de informações possíveis sobre eles, não apenas nome de autor e titulo como normalmente se vê.
Entendemos que a partir dessas informações, o leitor que estará realizando a escritura terá mais subsídios para dar coerência, clareza, objetividade e precisão em suas idéias.
Devem os professores atentar para o uso da norma culta, importante salientar que a escola precisa ensiná-las, não como sendo a única possibilidade de uso ou a única que está certa. São necessários que sejam realizados vários registros como objetos de estudos em sala de aula, colaborando para que o aluno saiba utiliza-los adequadamente, oralmente ou por escrito nas mais diversas situações apresentadas, e ai vai ocorrer o desenvolvimento das habilidades e competências do aluno no ato de escrever.
A nosso ver a produção textual é uma atividade verbal, a serviço de fins sociais, e, portanto inserida em contextos mais complexos de atividades; trata-se de uma atividade consciente, criativa, que compreende o desenvolvimento de estratégias concretas de ação e a escolha de meios adequados amplamente divulgados na sua estruturação e que depende a escrita, que o teior tenha um convívio com a linguagem oral, para assim produzir os seus textos.
3. 0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar a disciplina Estágio Supervisionado é pensar e realizar reflexões na nossa formação inicial de professor em língua portuguesa, uma vez que entendemos ser esta uma porta aberta para nosso primeiro contato profissional.
Entendemos também que o Estágio supervisionado é um facilitador para as inúmeras articulações entre teoria e prática e que só ali naquele momento se dará à consolidação de nossa aprendizagem enquanto profissionais na área de Língua Portuguesa..
É importante salientar que ser professora de Língua Portuguesa é buscar sempre inovações. Deve-se ler realizar comentários e correção dos textos produzidos pelos alunos e também das suas próprias dificuldades em atingir nossos objetivos perante o plano de aula. Deste profissional depende uma grande quantidade de atividades para correção, sendo necessário também à escolha de uma seleção de critérios para correção dos textos, que podem ser usados somente pelo professor, ou também, pelos alunos. Nessa etapa, a escrita é bastante importante, já que é um processo de grande complexibilidade para os alunos, e que é necessário uma grande interação entre professor e aluno para o desenvolvimento das atividades dentro de sala de aula.
Ao colocarmos o ler e o escrever como desafios da Língua portuguesa, devemos ter em mente que formar esse leitor é também buscar compreender e conhecer o modo cultural e oral de nossa cultura, e essa compreensão trará para a nossas vivencias um facilitador para essa interligação do leitor com o fator escrita, e que o professor no momento de seu planejamento deve nortear ações especificas na dimensão física, quanto social, no interior das escola e em específico no ambiente da sala de aula, e que ai seja constituído um espaço de culturas capazes de instigar, sugerir, convocar certos conhecimentos, atitudes , valores, desejos e reflexões tanto por parte do professor com do alunado.
Quando desejarmos formar leitores dentro das diversas naturezas da língua escrita e visual, a escola na sua totalidade deve envolver procedimentos de fundamental importância e atribuídos em momentos do que antecede a escrita e o que coincide com o ato de escrever propriamente dito.
É necessário frisar que todos os profissionais de outras disciplinas têm a responsabilidade de trazer o aluno para as descobertas de suas habilidades e competências, esquecendo eles que todos são responsáveis por esta busca de conhecimento e fazer com que o aluno se descubra e expanda seus saberes. Mas, infelizmente, no último momento, todos crêem que somente o profissional da área de Língua Portuguesa é quem deve assumir as queixas e os problemas trazidos pela escrita nas produções textuais e em outras atividades correlacionadas.
Logo, tanto quanto seus alunos, é preciso que o professor se torne sujeito do mundo da leitura e da escrita, que proceda registros de acompanhamento de seu grupo, e que busque trabalhar com textos que componham a pluralidade cultural de praticas sociais de leitura e que sempre haja a preocupação coma preservação da memória dos grupos com o qual interage em suas ações e que acima de tudo seja leitor e autor de sua pratica pedagógica.
4. 0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PRESTES, Maria Luci Mesquita. Leitura e(Re)escritura de textos:subsídios teóricos e práticos para o seu ensino. 4ª edição. Catanduva, SP; Editora Respel, 2001.
2.0 ___________________________. A Pesquisa e a Construção do Conhecimento. 3ª ed..São Paulo; Respel, 2005.
3. KOCH, I. V. A Inter-Ação pela Linguagem. 5ª edição. São Paulo: Contexto, 1998.
4. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Práticas de Leitura e Escrita. Maria Angélica Freire de Carvalho, Rosa Helena Mendonça (orgs). Brasília, 2006.
4. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e Coerência. São Paulo: Cortez, 1989.
6. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/linguagens02.pdf. PCN – Ensino Médio – Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
7. http://www.centrorefeducacional.com.br Acesso em 01/04/2008. Texto: Aluno – Ensino Médio: O que significa ser aluno do ensino Médio neste inicio de Século XXI;
8.http://www.centrorefeducacional.com.br Acesso em 01/04/2008. Texto: competências e Habilidades: qual a diferença.
9. http://www.cintiabarreto.com.br Acesso em 01/04/2008. A Importância do Atos de Escrever no Ensino da língua Portuguesa.
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