A IMPORTÂNCIA DA LINGUÍSTICA NA PRÁTICA DOCENTE
Por LuCéLiA Ribeiro
Atividade realizada apos leituras de teóricos e trabalhos publicados na area, assim como estudo no módulo da Faculdade.Desde os primórdios da civilização humana, a linguagem é de grande importância, visto que é
estudada desde a invenção da escrita, necessária e importante, pois sem ela, não somos capazes de pensar, já que todo o nosso trabalho estrutura-se na forma de algum tipo de linguagem, seja ele verbal, visual, gestual, essenciais para a compreensão da comunicação na sociedade.
Com relação à Lingüística, Cagliari (2001, p.42):
diz que a Lingüística é o estudo científico da linguagem. Está voltada para a explicação de como a linguagem humana funciona e de como são as línguas em particular, quer fazendo o trabalho descritivo previsto pelas teorias, quer usando os conhecimentos adquiridos para beneficiar outras ciências e artes que usam, de algum modo, a linguagem falada ou escrita. Por isso, o ensino do Português pode ser também a preocupação de um lingüista, paralelamente ao interesse que ele tem em descrever a língua portuguesa para fins lingüísticos.
Realizando um breve comentário sobre os estudos lingüísticos, este abrange diversas áreas de interesse, a depender da observação da linguagem. Por isso a lingüística é dividida em vários tópicos, onde cada um tem seu papel para melhor desenvolvimento na construção da língua portuguesa e conseqüentemente vem ajudar o docente a compor seu papel no contexto escolar, o qual está inserido.
Observando as leituras, estas mostraram que a escola ao ensinar a língua portuguesa continua mecanicista, na sua prática, trazendo modelos de textos inoportunos, que aliados às normas gramaticais, precisam ser memorizados para a aprendizagem, constituída de expressões da lingüística, desrespeitando os dialetos existentes, bem como as variações lingüísticas, que são de cunho sócio cultural, regional e histórica à medida que são utilizadas.
Geralmente desconhecemos os conhecimentos lingüísticos, e ignoramos a capacidade oral, quando ao entrar na escola, uma criança traz, no momento em que impomos a ela escrever dentro de normas, até então desconhecidas em sua vivência anterior. Isso é fortemente mostrado, quando já adulto, ela descobre que sua fala, só será observada, após o estudo fonético, para que seja identificada sua escrita .
A escola esquece totalmente o passado vivenciado por seus alunos, como se ali eles nada soubessem, e que precisem aprender tudo da mesma forma. Sendo nossos conhecimentos lingüísticos novos, estes vêm trazer entendimentos sobre a importância das ciências da linguagem, o que não é acompanhada por nós, no dia a dia, devido muitas vezes, o medo do novo nos assustar, e a falta de olhar investigativo e pesquisador de ir a busca de novos meios de melhorar nosso desempenho docente, e também na maioria das vezes não acreditamos que essas mudanças possam ocorrer em nosso trabalho diário, nos impedindo de avançar para termos melhoras significativas no ensino aprendizagem.
Podemos afirmar que o uso da lingüística aliada ao ensino da língua portuguesa deve ser planejado e estar em coesão com outras ciências, como a psicologia, a filosofia, historia e a pedagogia, já que os estudos lingüísticos foram decisivos para que as ciências humanas adquirissem rigor com seus métodos e objetos próprios, pois não era uma ciência autônoma, sendo submetida a outras disciplinas. A sua autonomia só veio ocorrer a partir do século XX.
Devemos entender os estudos lingüísticos aliados a linguagem humana para desvendar a língua portuguesa, tão difundida e complexa quando mostra os sérios problemas que nos são apresentados em sala de aula, e que requer perspicácia de nossa parte em fazer nosso aluno, um ser capaz de usar a língua portuguesa. Saber também que esses estudos não estão restritos a língua portuguesa, porém trata da língua de uma maneira geral, de línguas faladas por toda a comunidade humana que busca sua interação social.
É notório nosso conhecimento em saber que a escola tem muito a oferecer ao aluno, e sem duvida, a leitura é uma dessas maneiras. Considerando que educação é uma expansão da escola na nossa vida, pois lemos muito mais do que escrevemos.
Com relação à leitura, Cagliari (2001, p.184) diz:
deveria se dar prioridade absoluta à leitura no ensino de português, desde a alfabetização. É fundamental ensinar os alunos a ler não só histórias, mas também outros tipos de textos, incluindo problemas de matemática, provas e instruções de trabalhos.
Partindo da prática docente, devemos iniciar nossos estudos com pensamentos reflexivos, do porque e quais as causas que justificam a insatisfação nossa com relação ao ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa, e onde nós, subtraímos essas queixas do fracasso escolar diante da produção de nossos discentes, ao mesmo tempo em que esses reclamam de nós, no tocante ao ensino da língua portuguesa, que por muitas vezes mostramos insegurança e inexperiência, já que temos desconhecimento dos conteúdos lingüísticos, necessários a nossa auto formação enquanto professor de língua portuguesa.
Diante de fatos verdadeiros, e que só vem trazer subsídios para a nossa pratica docente, devemos buscar meios e formas de preparar e praticar a língua portuguesa, objetivando fornecer eficiência ao processo pedagógico, passo importante para o acesso à melhoria dos objetos da lingüística, que são: a fala, a língua e a linguagem, imprescindíveis para a melhoria do ensino em nosso contexto escolar.
Considerando, a linguagem, um veiculo de interação, este deve ser ajustado aos meios comunicativos, e que os modelos tidos como normativos, são impostos pela necessidade de que hoje, as comunicações próprias e práticas da interação lingüística são inseridas no contexto político que administram as classes sociais vividas por discentes e docentes num mundo de grandes transformações, os quais necessitamos nos adequar para estarmos preparados para a construção verdadeira da língua portuguesa.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. 10ªed., São Paulo: Editora Scipione, 2001.
2. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A Pesquisa e a Construção do Conhecimento Cientifico: do planejamento aos textos, da escola à academia. 3ª ed., São Paulo: Rêspel, 2005.
3. Módulo impresso: Faculdade de Tecnologia e Ciências. Introdução aos estudos lingüísticos.
4. Acesso na internet: www.darcilia.simões.com/textos. Acesso em 12/12/2006.
1. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. 10ªed., São Paulo: Editora Scipione, 2001.
2. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A Pesquisa e a Construção do Conhecimento Cientifico: do planejamento aos textos, da escola à academia. 3ª ed., São Paulo: Rêspel, 2005.
3. Módulo impresso: Faculdade de Tecnologia e Ciências. Introdução aos estudos lingüísticos.
4. Acesso na internet: www.darcilia.simões.com/textos. Acesso em 12/12/2006.
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