sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Questões para Reflexão"

1. A ludicidade é um importante instrumento para a aprendizagem. Quando você estava no Ensino Fundamental, sua professora trabalhava ludicamente os conteúdos de língua Portuguesa?
2. Que atividades você "professor" desenvolve com seus alunos para uma melhor aprendizagem dos conteúdos de língua Portuguesa?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

ATIVIDADE INDIVIDUAL REALIZADA NA DISCIPLINA: Introdução aos Estudos Línguisticos - II Periodo

A IMPORTÂNCIA DA LINGUÍSTICA NA PRÁTICA DOCENTE

Por LuCéLiA Ribeiro

Atividade realizada apos leituras de teóricos e trabalhos publicados na area, assim como estudo no módulo da Faculdade.

Desde os primórdios da civilização humana, a linguagem é de grande importância, visto que é
estudada desde a invenção da escrita, necessária e importante, pois sem ela, não somos capazes de pensar, já que todo o nosso trabalho estrutura-se na forma de algum tipo de linguagem, seja ele verbal, visual, gestual, essenciais para a compreensão da comunicação na sociedade.
Com relação à Lingüística, Cagliari (2001, p.42):
diz que a Lingüística é o estudo científico da linguagem. Está voltada para a explicação de como a linguagem humana funciona e de como são as línguas em particular, quer fazendo o trabalho descritivo previsto pelas teorias, quer usando os conhecimentos adquiridos para beneficiar outras ciências e artes que usam, de algum modo, a linguagem falada ou escrita. Por isso, o ensino do Português pode ser também a preocupação de um lingüista, paralelamente ao interesse que ele tem em descrever a língua portuguesa para fins lingüísticos.
Realizando um breve comentário sobre os estudos lingüísticos, este abrange diversas áreas de interesse, a depender da observação da linguagem. Por isso a lingüística é dividida em vários tópicos, onde cada um tem seu papel para melhor desenvolvimento na construção da língua portuguesa e conseqüentemente vem ajudar o docente a compor seu papel no contexto escolar, o qual está inserido.

Observando as leituras, estas mostraram que a escola ao ensinar a língua portuguesa continua mecanicista, na sua prática, trazendo modelos de textos inoportunos, que aliados às normas gramaticais, precisam ser memorizados para a aprendizagem, constituída de expressões da lingüística, desrespeitando os dialetos existentes, bem como as variações lingüísticas, que são de cunho sócio cultural, regional e histórica à medida que são utilizadas.
Geralmente desconhecemos os conhecimentos lingüísticos, e ignoramos a capacidade oral, quando ao entrar na escola, uma criança traz, no momento em que impomos a ela escrever dentro de normas, até então desconhecidas em sua vivência anterior. Isso é fortemente mostrado, quando já adulto, ela descobre que sua fala, só será observada, após o estudo fonético, para que seja identificada sua escrita .
A escola esquece totalmente o passado vivenciado por seus alunos, como se ali eles nada soubessem, e que precisem aprender tudo da mesma forma. Sendo nossos conhecimentos lingüísticos novos, estes vêm trazer entendimentos sobre a importância das ciências da linguagem, o que não é acompanhada por nós, no dia a dia, devido muitas vezes, o medo do novo nos assustar, e a falta de olhar investigativo e pesquisador de ir a busca de novos meios de melhorar nosso desempenho docente, e também na maioria das vezes não acreditamos que essas mudanças possam ocorrer em nosso trabalho diário, nos impedindo de avançar para termos melhoras significativas no ensino aprendizagem.
Podemos afirmar que o uso da lingüística aliada ao ensino da língua portuguesa deve ser planejado e estar em coesão com outras ciências, como a psicologia, a filosofia, historia e a pedagogia, já que os estudos lingüísticos foram decisivos para que as ciências humanas adquirissem rigor com seus métodos e objetos próprios, pois não era uma ciência autônoma, sendo submetida a outras disciplinas. A sua autonomia só veio ocorrer a partir do século XX.
Devemos entender os estudos lingüísticos aliados a linguagem humana para desvendar a língua portuguesa, tão difundida e complexa quando mostra os sérios problemas que nos são apresentados em sala de aula, e que requer perspicácia de nossa parte em fazer nosso aluno, um ser capaz de usar a língua portuguesa. Saber também que esses estudos não estão restritos a língua portuguesa, porém trata da língua de uma maneira geral, de línguas faladas por toda a comunidade humana que busca sua interação social.
É notório nosso conhecimento em saber que a escola tem muito a oferecer ao aluno, e sem duvida, a leitura é uma dessas maneiras. Considerando que educação é uma expansão da escola na nossa vida, pois lemos muito mais do que escrevemos.
Com relação à leitura, Cagliari (2001, p.184) diz:
deveria se dar prioridade absoluta à leitura no ensino de português, desde a alfabetização. É fundamental ensinar os alunos a ler não só histórias, mas também outros tipos de textos, incluindo problemas de matemática, provas e instruções de trabalhos.
Partindo da prática docente, devemos iniciar nossos estudos com pensamentos reflexivos, do porque e quais as causas que justificam a insatisfação nossa com relação ao ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa, e onde nós, subtraímos essas queixas do fracasso escolar diante da produção de nossos discentes, ao mesmo tempo em que esses reclamam de nós, no tocante ao ensino da língua portuguesa, que por muitas vezes mostramos insegurança e inexperiência, já que temos desconhecimento dos conteúdos lingüísticos, necessários a nossa auto formação enquanto professor de língua portuguesa.
Diante de fatos verdadeiros, e que só vem trazer subsídios para a nossa pratica docente, devemos buscar meios e formas de preparar e praticar a língua portuguesa, objetivando fornecer eficiência ao processo pedagógico, passo importante para o acesso à melhoria dos objetos da lingüística, que são: a fala, a língua e a linguagem, imprescindíveis para a melhoria do ensino em nosso contexto escolar.
Considerando, a linguagem, um veiculo de interação, este deve ser ajustado aos meios comunicativos, e que os modelos tidos como normativos, são impostos pela necessidade de que hoje, as comunicações próprias e práticas da interação lingüística são inseridas no contexto político que administram as classes sociais vividas por discentes e docentes num mundo de grandes transformações, os quais necessitamos nos adequar para estarmos preparados para a construção verdadeira da língua portuguesa.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. 10ªed., São Paulo: Editora Scipione, 2001.
2. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A Pesquisa e a Construção do Conhecimento Cientifico: do planejamento aos textos, da escola à academia. 3ª ed., São Paulo: Rêspel, 2005.
3. Módulo impresso: Faculdade de Tecnologia e Ciências. Introdução aos estudos lingüísticos.
4. Acesso na internet: www.darcilia.simões.com/textos. Acesso em 12/12/2006.

"ANÁLISE DOCUMENTAL DE PLANEJAMENTO - PLANO DE CURSO, PLANO DE UNIDADE E PLANO DE AULA"

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS - EAD
DISCIPLINA: Pesquisa e Prática Pedagógica IV
UNIDADE PEDAGÓGICA: Juazeiro-Bahia
PERÍODO: IV
CURSO: Letras: Inglês/Português
ALUNO: Lucélia Ribeiro



Dezembro, 2007.

As competências e habilidades propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) permitem inferir que o ensino de Língua Portuguesa, hoje, busca desenvolver no aluno seu potencial crítico, sua percepção das múltiplas possibilidades de expressão lingüística, sua capacitação como leitor efetivo dos mais diversos textos representativos de nossa cultura. Para além da memorização mecânica de regras gramaticais ou das características de determinado movimento literário, o aluno deve ter meios para ampliar e articular conhecimentos e competências que possam ser mobilizadas nas inúmeras situações de uso da língua com que se depara na família, entre amigos, na escola, no mundo do trabalho.
Na esteira dos novos paradigmas da atual política educacional brasileira – que busca democratizar mais e mais o acesso à escola tornando-a parte ativa do corpo social – o ensino da língua materna deve considerar a necessária aquisição e o desenvolvimento de três competências: interativa, textual e gramatical. Esse tripé, necessariamente inter-relacionado, mesmo não sendo exclusivo da disciplina, encontra nela os conceitos e conteúdos mais apropriados.
Nessa etapa do trabalho para a disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica IV, que foi visita a escola e análise dos planos de curso, de unidade e de aula, foi realizada na Escola Estadual Misael Aguilar da Silva, localizada no bairro Dom José Rodrigues, tendo a frente como diretora, a Sra. Enimara Ferreira da Silva Lins.
Segundo, a diretora da Instituição, a Escola a principio, foi construída para comportar cursos técnicos profissionalizantes, mas atualmente comporta o ensino médio, estando em funcionamento há apenas há onze meses. Em conversa com a mesma, nos foi relatado que ainda não existem os planos de curso da disciplina Língua Portuguesa devidamente elaborados. Esse atraso foi justificado, devido ao período grevista que as escolas estaduais passaram o que impossibilitou a conclusão de algumas atividades que estavam em andamento, a saber: o Projeto Político Pedagógico da escola, bem como a confecção dos planos de cursos anuais das disciplinas pertencentes ao ensino médio.
Nos encontros com a direção da escola, nos foi passado à maneira como os professores executam suas aulas no dia a dia, e observamos que mesmo sem a presença do Plano de Curso Anual, os professores desenvolvem suas atividades em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, que é desenvolver habilidades e competências nos seus alunos.
As aulas são apresentadas na teoria e após, os professores realizam oficinas, onde os alunos desenvolvem suas habilidades e competências através de atividades práticas, isso ficou evidente em alguns trabalhos que nos foi apresentado pela direção da escola. Foram-nos apresentados também, formulários específicos para a confecção dos planos de curso, assim como de outras disciplinas que já estavam prontos, a saber, química e biologia.
Com relação aos planos de Unidade, confeccionado juntamente com professor e coordenador pedagógico, se fazem presentes na escola, devidamente elaborados em formulários específicos, e sendo adequados a realidade da turma de cada professor.
Os planos de aula são executados conforme o plano de unidade e de curso, e a depender do andamento da aula, estes podem ser também modificados, mas todos os docentes da escola visitada planejam e realizam suas atividades em cima das determinações dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino Médio.
A diretora da Instituição nos relatou que os docentes da Escola Estadual Misael Aguilar Silva estão comprometidos em fazer com que seus alunos desenvolvam suas competências e habilidades, preparando-os para uma vida profissional decente e que atenda aos anseios da sociedade da qual fazem parte.
Segundo, os PCNEM, a nova escola de ensino médio não há de ser mais um prédio, mas um projeto de realização humana, recíproca e dinâmica, de alunos e professores ativos e comprometidos, em que o aprendizado esteja próximo das questões reais, apresentadas pela vida comunitária ou pelas circunstâncias econômicas, sociais e ambientais. Mais do que tudo, quando fundada numa prática mais solidária, essa nova escola estará atenta às perspectivas de vida de seus partícipes, ao desenvolvimento de suas competências gerais, de suas habilidades pessoais, de suas preferências culturais.
O que motiva essas sugestões é lembrar a primeira finalidade da educação básica, de acordo com o Artigo 22 da LDBEN/96 – a “formação comum indispensável para o exercício da cidadania...”. Diante da obrigação do cumprimento dessa finalidade, o educador não tem direito de ignorar a condição extra-escolar do educando.
A disseminação desse conceito mais generoso de educação depende de toda a sociedade, não só de medidas oficiais. Constitui um alento perceber que muitas escolas brasileiras já estão realizando esse trabalho de forma exemplar, conscientes de que devem:
• promover todos os seus alunos, e não selecionar alguns;
• emancipá-los para a participação, e não domesticá-los para a obediência;
• valorizá-los em suas diferenças individuais, e não nivelá-los por baixo ou pela média.
Parte do que foi sintetizado acima, e também do que será exposto a seguir, resume um aprendizado da nova escola brasileira, não como receita para ser seguida sem espírito crítico, e sim como sugestão do que fazer para criar o novo.
Enfim, ainda segundo os PCEM, o que se deseja, afinal, são professores reflexivos e críticos, ou seja, professores com um conhecimento satisfatório das questões relacionadas ao ensino e à aprendizagem e em contínuo processo de autoformação, além de autônomos e competentes para desenvolver o trabalho interdisciplinar. Um dos instrumentos úteis a essa reflexão baseia-se em procedimentos de auto-observação e análise, em que se destaca a importância de o professor saber o que faz em sala de aula, e de saber por que o faz dessa forma e não de outra.
Na reflexão sobre a própria prática, acabam emergindo também traços da história de vida dos profissionais, que podem conduzir reflexões sobre as crenças implicadas em seu conceito de ensino e aprendizagem. Pensar e repensar o discurso e a prática, individual ou coletivamente, nos relatos em grupos da biografia profissional de cada professor, num movimento cooperativo, de co-responsabilidade e negociação poderá levar à convergência para o aperfeiçoamento profissional – e, em última análise, à construção da escola pretendida.
Os professores com essas novas atitudes são promotores e partícipes de escolas que se reconhecem como espaços de formação profissional ininterrupta. Essas escolas estão reinventado o ensino médio e a educação básica no Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
www.caminhosdalingua.com/pcn . Acesso em dezembro 2007;
www.crmariocovas.sp.gov.br/pcn. Acesso em dezembro 2007;
www.portalmec.gov.br/seb/index. Acesso em dezembro 2007.


LUCÉLIA RIBEIRO

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Juazeiro, Bahia, Brazil