O PEDAGOGO E A CONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE
A diversidade sociocultural presente no espaço escolar e a especificidade educacional na sociedade contemporânea apontam a necessidade de construção e reconstrução do papel do Pedagogo. A relevância do desenvolvimento do artigo situa-se na necessidade de analisar o contexto das dimensões: formativa, organizacional e pedagógica. Para isso, tem-se como objetivo analisar a formação e atuação do professor pedagogo investigando o pensamento crítico-reflexivo, para constatar a identidade profissional do professor pedagogo.
Este artigo versa sobre a pesquisa realizada que teve como tema o pedagogo e os eixos que norteiam a construção de sua identidade profissional no espaço escolar, analisando o contexto das dimensões: formativa (incorporação dos saberes adquiridos), organizacional (construção de novos modelos de gestão curricular e administrativas) e pedagógica (práticas educativas) no contexto educacional.
Os estudos de Perrenoud (2002) e de Mizukami (1998) apontam que há uma grande preocupação com a dicotomia entre teoria e prática na formação do educador, havendo dificuldades por parte do professor em estabelecer uma ponte entre os conhecimentos teóricos (saberes de referência) e a prática pedagógica (saberes práticos).
Na abordagem teórica, o que se pretende é analisar as idéias dos autores citados e de outros referenciados sobre o contexto da formação do profissional da educação, de tal forma que possa evidenciar como a formação de professores se dá na prática. Essa análise propicia uma visão crítica das práticas pedagógicas e o que se busca ver é a relação teoria x prática e a postura reflexiva do professor.
Para tanto, faz-se necessário refletir sobre alternativas pelas quais a educação pode contribuir face às exigências da atualidade. Não podemos pensar de maneira linear frente à forma complexa de mundo, sociedade e homem. Nesse sentido, vemos na educação um dos meios que temos para vencer as diferenças nesta sociedade globalizada.
A educação exige professores que pensem com autonomia; professores que tenham, segundo Perrenoud (2000), “competências e habilidades” para encontrar as soluções necessárias ao processo ensino-aprendizagem, bem como professores que acreditam na necessidade de estar sempre se atualizando em uma sociedade em que as mudanças ocorrem constantemente.
Essas mudanças exigem que a formação do professor contemple uma permanente reflexão sobre uma prática que precisa ser renovada para acompanhar o ritmo das transformações; pois, segundo Zeichner (1998), o “professor como prático reflexivo reconhece a riqueza da experiência que reside na prática dos bons professores”.
De acordo com alguns autores, a formação continuada apresenta-se como sendo uma condição necessária ao desenvolvimento de habilidades, atitudes de valores, de forma a atualizar a aprendizagem anterior. Dentro da perspectiva de formações continuadas, o professor terá a possibilidade de rever sua formação e atuação, contribuindo para um processo contínuo de construção da sua identidade profissional.
Os estudos de Perrenoud (2002) e de Mizukami (1998) apontam que há uma grande preocupação com a dicotomia entre teoria e prática na formação do educador, havendo dificuldades por parte do professor em estabelecer uma ponte entre os conhecimentos teóricos (saberes de referência) e a prática pedagógica (saberes práticos).
Na abordagem teórica, o que se pretende é analisar as idéias dos autores citados e de outros referenciados sobre o contexto da formação do profissional da educação, de tal forma que possa evidenciar como a formação de professores se dá na prática. Essa análise propicia uma visão crítica das práticas pedagógicas e o que se busca ver é a relação teoria x prática e a postura reflexiva do professor.
Para tanto, faz-se necessário refletir sobre alternativas pelas quais a educação pode contribuir face às exigências da atualidade. Não podemos pensar de maneira linear frente à forma complexa de mundo, sociedade e homem. Nesse sentido, vemos na educação um dos meios que temos para vencer as diferenças nesta sociedade globalizada.
A educação exige professores que pensem com autonomia; professores que tenham, segundo Perrenoud (2000), “competências e habilidades” para encontrar as soluções necessárias ao processo ensino-aprendizagem, bem como professores que acreditam na necessidade de estar sempre se atualizando em uma sociedade em que as mudanças ocorrem constantemente.
Essas mudanças exigem que a formação do professor contemple uma permanente reflexão sobre uma prática que precisa ser renovada para acompanhar o ritmo das transformações; pois, segundo Zeichner (1998), o “professor como prático reflexivo reconhece a riqueza da experiência que reside na prática dos bons professores”.
De acordo com alguns autores, a formação continuada apresenta-se como sendo uma condição necessária ao desenvolvimento de habilidades, atitudes de valores, de forma a atualizar a aprendizagem anterior. Dentro da perspectiva de formações continuadas, o professor terá a possibilidade de rever sua formação e atuação, contribuindo para um processo contínuo de construção da sua identidade profissional.
A Identidade do Pedagogo
Quando procuramos pelo conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma pessoa ou uma coisa graças às quais é possível individualizá-la, segundo Houaiss (2001, p.1565)[2], estamos referindo-nos à identidade. Em se tratando da busca da identidade do Pedagogo, questiona-se se ele é um professor, um educador ou um cientista. Que características o distinguem? E em que circunstâncias ele se apresentam?
Nóvoa (2006), relatando uma experiência, diz que, ao apresentar sua identidade profissional, oscila entre professor, cientista ou pedagogo, mas a resposta mais plausível é dizer-se: professor. Porém, se encontra alguém mais curioso que pergunta: “professor de quê?”, então, tudo recomeça. Na opinião de Libâneo, há uma diversidade de práticas educativas intencionais na sociedade a qual se configura como uma ação pedagógica nas esferas escolar e extra-escolar, assim, ele considera que: O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vistos objetivos de formação humana definidos em sua contextualização histórica. (2002 p. 68)[3]
Sabe-se que as práticas educativas, em suas várias manifestações e modalidades, não se restringem à escola, mas é evidente a tendência de pedagogização da sociedade, pois, segundo Libâneo (2006), não é casual a menção cada vez mais freqüente à sociedade do conhecimento. E a ausência do pedagogo junto às instituições educativas deixa uma lacuna, pois, sem ele, quem irá coordenar os trabalhos pedagógicos?
Nóvoa (2006), relatando uma experiência, diz que, ao apresentar sua identidade profissional, oscila entre professor, cientista ou pedagogo, mas a resposta mais plausível é dizer-se: professor. Porém, se encontra alguém mais curioso que pergunta: “professor de quê?”, então, tudo recomeça. Na opinião de Libâneo, há uma diversidade de práticas educativas intencionais na sociedade a qual se configura como uma ação pedagógica nas esferas escolar e extra-escolar, assim, ele considera que: O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vistos objetivos de formação humana definidos em sua contextualização histórica. (2002 p. 68)[3]
Sabe-se que as práticas educativas, em suas várias manifestações e modalidades, não se restringem à escola, mas é evidente a tendência de pedagogização da sociedade, pois, segundo Libâneo (2006), não é casual a menção cada vez mais freqüente à sociedade do conhecimento. E a ausência do pedagogo junto às instituições educativas deixa uma lacuna, pois, sem ele, quem irá coordenar os trabalhos pedagógicos?
Sobre a identidade do pedagogo, Franco esclarece que:
Porém, no dia-a-dia da escola, presenciamos a figura de um pedagogo sobrecarregado à mercê das necessidades imediatas distanciando-o das propostas de contribuir com a transformação, conduzindo ao esvaziamento e equívocos em seu fazer e em sua formação.
Considerações Finais
Entendemos que é necessário o professor analisar o contexto da realidade educativa, por meio de uma reflexão constante que desenvolva o seu saber fazer, articulando o que, como, para que e para quem, de forma a integrar os alunos nas situações de aprendizagem.
Dessa forma, defendemos os processos de formações continuadas, seja, presencial ou em ensinos a distancia, como uma possibilidade de integração entre a teoria e prática, a reflexão e a ação no campo de atuação pedagógica, de forma autônoma e criativa, correlacionadas com os processo de participação nas formações que só tem a contribuir pedagogicamente com o profissional professor, fazendo-o um articulador de novas vivências, experiências e a sua própria visão na ampliação do conhecimento.
É certo, pois afirmar, que o pedagogo-professor não deve ater-se somente aos limites teóricos, mas buscar seu aprendizado na criação e recriação de sua prática apropriando-se também, dos recursos, métodos, teorias e técnicas do professor formador para refletir e modificar seus conhecimentos científicos e experiências incorporando esses saberes na criação de seus habitus: saberes de referências, saberes pedagógico e competência.
Finalizando, entendemos e defendemos que a formação profissional deve ser entendida como um processo de desenvolvimento contínuo, onde a construção da identidade profissional do pedagogo ainda está em construção, perpassando pelas dimensões: formativa, organizacional e a postura reflexiva na sua própria prática pedagógica, que esperamos possam atender aos anseios do que compõem a Escola.
[1] Artigo apresentado a disciplina de Estágio I: O Pedagogo e os Eixos que Norteiam a Construção de sua Identidade. Karla Patrícia V. de Britto, 5º Período de Pedagogia-UNEB/DCH III. Junho, 2009.
[2] HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.1565
[3] LIBÂNEO, José Carlos. Educação: pedagogia e didática – O campo investigativo da pedagogia e da didática no Brasil: esboço histórico e buscas de identidade epistemológica e profissional. In: PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Didática e Formação de Professores: percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez, p. 77- 129, 2006a.
[4] FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia como ciência da educação. Campinas: Papirus, 2003.
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